16 julho 2015

Celulose Riograndense volta a descumprir padrões de licença de operação

Pelo sexto mês consecutivo de 2015, as operações da fábrica Celulose Riograndense, de Guaíba, apresentam descumprimento dos padrões máximos indicados pela Licença de Operação 2294/2015 concedidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

O relatório do mês de junho aponta diversas irregularidades, reproduzidas abaixo.

Desvio de Efluente Tratado

  • "Dia 23/06 houve um desvio na qualidade do efluente, impactando os valores de AOX, DBO5, DQO, Fenóis, Fósforo, Nitrogênio, Sólidos Suspensos e Sólidos Sedimentáveis."


SO2 da Caldeira de Recuperação 1

  • "16/06 valor ficou acima do limite de 130%, com valor de 130 mg/Nm3." 

Nesse caso, a causa apontada pelo relatório foi o "transbordo de efluente concentrado da evaporação".

SO2 da Caldeira de Recuperação 2
  • Dias 02, 03, 11, 14, 15, 16 e 24/06 valores foram acima do padrão e do limite de 130%.

A Agapan já apresentou ao Ministério Público (MP/RS) os dados com irregularidades apontadas nos relatórios dos meses anteriores. A Promotoria de Guaíba instaurou o Inquérito Civil 00970.00001/2015 para apurar as informações, junto às denúncias de moradores sobre impactos causados pela fábrica.

Entidade pede esclarecimentos à Fepam e suspensão de atividades potencialmente perigosas.

Nesta terça-feira (14) a Agapan protocolou o Ofício 001-07/2015 na Fepam dando conhecimento ao órgão ambiental sobre as denúncias oferecidas ao MP/RS e solicitando esclarecimentos sobre os dados apontados pelos relatórios. O ofício também solicita que a Fepam esclareça a população sobre descumprimentos dos limites das licenças de operação e suspenda imediatamente as atividades que apresentem irregularidades e riscos às comunidades, entre elas os moradores da cidade de Guaíba e cidades que se abastecem com a água do rio Guaíba.


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